"Beware of The Night...Child of Light"
Assim que vi os primeiros comerciais de Child of Light já dava para perceber que não era um jogo comum como os mega lançamentos que estamos acostumados hoje em dia. E a cada trailer, todos contados em forma de fábula infantil, fui me apaixonando cada vez mais pelo jogo. Normalmente não sou muito de comprar jogos digitais, mas sabia que para Child of Light tinha que abrir uma exceção. Meu único receio era que minha expectativa tinha se tornado tão grande que talvez o jogo não a conseguisse superar. Nossa, como eu estava errado...
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Child of Light é uma obra-prima no mundo dos games atual, impecável em todos os aspectos necessários para um jogo de sucesso e que traz algo para jogadores de todas as idades e gostos. Para o jogador mais velho um estranho sentimento de nostalgia e uma lembrança de uma experiência que na realidade ele nunca viveu; e para o jogador mais novo uma experiência diferenciada de qualquer jogo que exista no mercado atual; para o fã de RPG uma verdadeira carta de amor aos grandiosos RPGs de antigamente e para aqueles que não apreciam o gênero, a chance de se reaproximar dos RPGs através de um dos melhores títulos da atualidade.
Não, aqui não existe multiplayer e tudo bem com isto. Aqui você não vai ver 800 mil pessoas atirando e pulando para todos os lados (não que isto não seja legal de vez em quando), a ideia do jogo não é esta.
Se você se propor a jogar Child of Light entenda que o jogo demanda sua imersão completa e que isto é uma coisa boa. É necessário prestar atenção nos apelos e falas de cada personagem (que falam em rimas o tempo todo), em cada ponto do mapa a ser explorado, em cada movimento feito por Aurora e sua equipe para conseguir apreciar o que foi feito aqui.
Enredo: A intenção de Child of Light em ser uma fábula é tanta que a primeira frase do jogo é "Criança aconchegue-se na cama e deixe-me lhe contar uma história". E assim, logo no início do jogo, você é apresentado à pequena Aurora e ao início de sua história no Reino de Lemuria.
Aurora era filha de um duque e uma duquesa austríacos que viviam felizes governando em uma região longínqua da Áustria. Alguns anos após o nascimento de Aurora, a duquesa adoeceu e veio a falecer deixando-a para ser criada pelo seu pai. O duque era um homem bom, mas com o tempo se sentiu solitário e se casou novamente com uma mulher que usava vestes negras como a noite.
Em uma certa noite, após uma festa dada ao duque, Aurora foi para seu quarto dormir, como de costume, porém durante a noite sentiu seu corpo ser dominado pelo frio e pela escuridão. Quando raiou o dia, Aurora não despertou e para o desespero de seu pai foi dada como morta. Mas muito longe dali, Aurora acorda em um altar em uma terra desconhecida sem entender o que está acontecendo e é assim que começa sua jornada para tentar voltar para casa.
Com Aurora como protagonista, Child of Light tem um grupo de personagens coadjuvantes mais que formidável. Cada um dos amigos que Aurora acha pelo caminho e entram para seu grupo possui uma motivação interessante para seguir a pequena. Desde os irmãos palhaços Rubella (que não sabe rimar) e Tristis (um palhaço infeliz), passando pelo rato Robert (que busca fama e dinheiro para conquistar sua amada) e até a criatura Oengus (que busca liberdade para seu clã), entre outros.
Jogabilidade: Os RPGs atuais buscam cada vez mais se reinventar e introduzir novos elementos para deixar a jogabilidade diferenciada. Child of Light entretanto não quer reinventar a roda e traz uma jogabilidade que possui suas particularidades mas que ao mesmo tempo é extremamente familiar para qualquer fã do gênero e simplista o suficiente para aqueles que estão começando no mundo dos RPGs.
Começando pela movimentação de Aurora, que com suas asas pode alcançar quase todas as partes do cenário, deixando o jogador livre para explorar todos os cantos do mundo de Lemuria. Junto com Aurora, o jogador também pode controlar seu parceiro, o vaga-lume Igniculus, através do direcional analógico direito. Igniculus pode acessar áreas isoladas do cenário, abrir certas portas e curar Aurora, todas estas habilidades são regidas por uma barra de energia que se preenche automaticamente com o passar do tempo. O real diferencial da jogabilidade de Child of Light está em dois elementos, a troca de armas e equipamentos por pedras com poderes especiais chamadas Oculi e pelo sistema de combate.
Ao invés de buscar espadas, armaduras e acessórios poderosos para seus personagens, é apresentado ao jogador o sistema de criar Oculi. Os Oculi são pedras coloridas com poderes representando os elementos naturais (vermelho = fogo, azul = água e assim por diante). Através do menu o jogador pode fazer combinações destas pedras para formar outras com mais poder ou efeitos diferentes (10% a mais de resistência ao fogo por exemplo) a serem equipados na arma, "armadura" e acessório original de cada personagem, podendo tanto ser ofensivos quanto defensivos.
Já no combate, Child of Light prefere manter o Turn-based Combat, onde cada participante tem sua vez de ação e o tempo congela para a decisão de qual ação tomar. A grande sacada é que a ordem destas ações é definida por uma barra situada na parte de baixo da tela dividida em Wait (Espera) e Cast (Ação) que é "percorrida" pelos personagens a cada turno. Uma vez o personagem entra em Cast, ele decidirá qual ação tomar, decidida a ação ele deverá esperar até que seu personagem chegue ao final da barra para que a ação se realize. O que acontece é que neste tempo, caso seja atacado com sucesso, o personagem sofrerá uma Interrupção, será empurrado para trás na barra e consequentemente terá sua ação anulada.
Esta dinâmica de combate faz com que a batalha seja extremamente estratégica, com o jogador entendendo quais personagens se movem mais rápido na barra, buscando anular e interromper as ações de seus inimigos o maior número de vezes possível. Igniculus também tem um papel muito importante durante as batalhas, podendo "atrasar" a vez dos inimigos e curar Aurora e sua equipe.
Gráficos e Ambientação: Sem exageros, mas cada frame de Child of Light poderia facilmente ser uma obra de arte, realmente a sensação que se tem é de estar virando as páginas de um livro antigo de histórias infantis. Aurora e seus cabelos esvoaçantes por si só já são um show a parte, além de toda a fluidez de sua movimentação como um todo. O restante do elenco não possui movimentos detalhados como os de Aurora, mas ainda sim são muito bem animados.
A história de Child of Light passa por florestas, palácios, vilas, cavernas entre muitos outros cenários e todos parecem ter sido pintados à mão. Cada um com sua população e inimigos característicos embalados por uma trilha sonora comovente, fazem com que Child of Light seja um deleite para os olhos do jogador.
Não, aqui não existe multiplayer e tudo bem com isto. Aqui você não vai ver 800 mil pessoas atirando e pulando para todos os lados (não que isto não seja legal de vez em quando), a ideia do jogo não é esta.
Se você se propor a jogar Child of Light entenda que o jogo demanda sua imersão completa e que isto é uma coisa boa. É necessário prestar atenção nos apelos e falas de cada personagem (que falam em rimas o tempo todo), em cada ponto do mapa a ser explorado, em cada movimento feito por Aurora e sua equipe para conseguir apreciar o que foi feito aqui.
Enredo: A intenção de Child of Light em ser uma fábula é tanta que a primeira frase do jogo é "Criança aconchegue-se na cama e deixe-me lhe contar uma história". E assim, logo no início do jogo, você é apresentado à pequena Aurora e ao início de sua história no Reino de Lemuria.
Aurora era filha de um duque e uma duquesa austríacos que viviam felizes governando em uma região longínqua da Áustria. Alguns anos após o nascimento de Aurora, a duquesa adoeceu e veio a falecer deixando-a para ser criada pelo seu pai. O duque era um homem bom, mas com o tempo se sentiu solitário e se casou novamente com uma mulher que usava vestes negras como a noite.
Em uma certa noite, após uma festa dada ao duque, Aurora foi para seu quarto dormir, como de costume, porém durante a noite sentiu seu corpo ser dominado pelo frio e pela escuridão. Quando raiou o dia, Aurora não despertou e para o desespero de seu pai foi dada como morta. Mas muito longe dali, Aurora acorda em um altar em uma terra desconhecida sem entender o que está acontecendo e é assim que começa sua jornada para tentar voltar para casa.
Com Aurora como protagonista, Child of Light tem um grupo de personagens coadjuvantes mais que formidável. Cada um dos amigos que Aurora acha pelo caminho e entram para seu grupo possui uma motivação interessante para seguir a pequena. Desde os irmãos palhaços Rubella (que não sabe rimar) e Tristis (um palhaço infeliz), passando pelo rato Robert (que busca fama e dinheiro para conquistar sua amada) e até a criatura Oengus (que busca liberdade para seu clã), entre outros.
Jogabilidade: Os RPGs atuais buscam cada vez mais se reinventar e introduzir novos elementos para deixar a jogabilidade diferenciada. Child of Light entretanto não quer reinventar a roda e traz uma jogabilidade que possui suas particularidades mas que ao mesmo tempo é extremamente familiar para qualquer fã do gênero e simplista o suficiente para aqueles que estão começando no mundo dos RPGs.
Começando pela movimentação de Aurora, que com suas asas pode alcançar quase todas as partes do cenário, deixando o jogador livre para explorar todos os cantos do mundo de Lemuria. Junto com Aurora, o jogador também pode controlar seu parceiro, o vaga-lume Igniculus, através do direcional analógico direito. Igniculus pode acessar áreas isoladas do cenário, abrir certas portas e curar Aurora, todas estas habilidades são regidas por uma barra de energia que se preenche automaticamente com o passar do tempo. O real diferencial da jogabilidade de Child of Light está em dois elementos, a troca de armas e equipamentos por pedras com poderes especiais chamadas Oculi e pelo sistema de combate.
Ao invés de buscar espadas, armaduras e acessórios poderosos para seus personagens, é apresentado ao jogador o sistema de criar Oculi. Os Oculi são pedras coloridas com poderes representando os elementos naturais (vermelho = fogo, azul = água e assim por diante). Através do menu o jogador pode fazer combinações destas pedras para formar outras com mais poder ou efeitos diferentes (10% a mais de resistência ao fogo por exemplo) a serem equipados na arma, "armadura" e acessório original de cada personagem, podendo tanto ser ofensivos quanto defensivos.
Já no combate, Child of Light prefere manter o Turn-based Combat, onde cada participante tem sua vez de ação e o tempo congela para a decisão de qual ação tomar. A grande sacada é que a ordem destas ações é definida por uma barra situada na parte de baixo da tela dividida em Wait (Espera) e Cast (Ação) que é "percorrida" pelos personagens a cada turno. Uma vez o personagem entra em Cast, ele decidirá qual ação tomar, decidida a ação ele deverá esperar até que seu personagem chegue ao final da barra para que a ação se realize. O que acontece é que neste tempo, caso seja atacado com sucesso, o personagem sofrerá uma Interrupção, será empurrado para trás na barra e consequentemente terá sua ação anulada.
Esta dinâmica de combate faz com que a batalha seja extremamente estratégica, com o jogador entendendo quais personagens se movem mais rápido na barra, buscando anular e interromper as ações de seus inimigos o maior número de vezes possível. Igniculus também tem um papel muito importante durante as batalhas, podendo "atrasar" a vez dos inimigos e curar Aurora e sua equipe.
Gráficos e Ambientação: Sem exageros, mas cada frame de Child of Light poderia facilmente ser uma obra de arte, realmente a sensação que se tem é de estar virando as páginas de um livro antigo de histórias infantis. Aurora e seus cabelos esvoaçantes por si só já são um show a parte, além de toda a fluidez de sua movimentação como um todo. O restante do elenco não possui movimentos detalhados como os de Aurora, mas ainda sim são muito bem animados.
A história de Child of Light passa por florestas, palácios, vilas, cavernas entre muitos outros cenários e todos parecem ter sido pintados à mão. Cada um com sua população e inimigos característicos embalados por uma trilha sonora comovente, fazem com que Child of Light seja um deleite para os olhos do jogador.
Conclusão:
Child of Light cumpre com excelência todos os requisitos que transformam um jogo qualquer em um título de sucesso. Com uma narrativa tão comovente quanto interessante e com personagens cativantes, Child of Light se tornou um clássico instantâneo do nosso tempo.
O jogo é desafiador, mas não ao ponto de se tornar frustrante, com uma jogabilidade que testa as habilidades de estratégia e decisão do jogador. O visual do jogo é incrível ao ponto de fazer inveja aos melhores títulos com os melhores gráficos do mercado, não é a toa que Child of Light concorreu em diversas premiações como Jogo do Ano em 2014.
NOTA FINAL
Child of Light está disponível para Ps3, Ps4, Xbox 360, Xbox One, Wii U e PC. Veja um vídeo de gameplay:
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