quinta-feira, 12 de março de 2015

Review - Ori and The Blind Forest


Ori and The Blind Forest faz parte de uma "nova" vertente de jogos, que foi iniciada por jogos como ICO e Journey e que teve recentemente representantes como Child of Light e Valiant Hearts. 

O que todos este jogos têm em comum? A capacidade de contar histórias carregadas de emoção e sentimento sem fazer parecer um melodrama.

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Em Ori and The Blind Forest, o jogador não precisa nem de 10 minutos para ver o quão especial este jogo é e criar um vínculo emocional com seu protagonista, Ori. Após ver o início da história, você acaba se sentindo no dever de ajudar Ori a chegar ao seu destino e passar ileso por todos os perigos que a floresta que o cerca oferece, e acredite eles são muitos.

Jogabilidade: Se Ori and The Blind Forest tem um único leve defeito é uma dificuldade desbalanceada em alguns momentos do jogo e isto pode se ver muito claramente logo no início. Ori não começa muito poderoso e isto é natural já que existe uma evolução gradual das habilidades, porém seus inimigos logo de início são bem mais poderosos que o personagem causando muitos mais dano do que sofrem. Isto é um pouco desagradável no começo até você perceber que Ori and The Blind Forest não quer que você saia pulando e socando que nem um louco, mas sim tome seu tempo para estudar os padrões de cada inimigo. 

Precisão e paciência são as palavras-chave para quem quer jogar Ori and The Blind Forest. Precisão porque faziam muitos anos (talvez desde a época dos saudosos Donkey Kong Country e Sonic) que meus reflexos não eram testados como Ori testou. Com certeza vários jogos colocam à prova a rapidez de resposta do jogador através de Quick-Time Events, mas Ori, em algumas de suas fases, me lembrou aquelas fases de jogos antigos em que a tela ia andando e você tinha que acompanhar executando movimentos perfeitamente coreografados. Em sua jogabilidade Ori and The Blind Forest recompensa a habilidade e quando o jogador finaliza uma destas sequências que exigem o seu máximo (e que não te possibilitam salvar durante) tudo o que resta é a sensação de satisfação.

Porém para conseguir dominar o personagem e suas habilidades para conseguir passar por estes desafios, você vai ter que morrer várias vezes, pelo menos na sua primeira passagem completa pelo jogo, é ai que entra o fator da paciência. Depois, se você tiver boa memória, talvez até consiga chegar até o fim do jogo sem morrer (tem até um Achievement para o jogador que conseguir esta proeza), mas dificilmente vai conseguir jogando pela primeira vez. Uma coisa importante ressaltar é o fato do sistema de Ori and The Blind Forest ser completamente manual, ou seja, se depois de uma mega sequência de ação você esquecer de salvar e morrer, vai ter que recomeçar do seu último save, portanto fique atento.


Gráficos: Reconfortante. Está seria a palavra que eu usaria para descrever os gráficos de Ori and The Blind Forest, que coloca o jogador no meio de uma Floresta Sombria cheia de inimigos horrorosos. Parece incoerente? Sim, mas a sensação que os gráficos do jogo me trouxeram foi a de estar vendo aquele meu desenho favorito de quando era criança e torcendo pelo personagem na tela. Este é um jogo que vale a pena parar em alguns momentos para apreciar os seus arredores.

As cores e luzes de Ori são muito bem colocadas fazendo com que, ao mesmo tempo que a Floresta tenha um ambiente ameaçador e sombrio, seja também um lugar extremamente bonito que pede para ser explorado em todos os seus cantos. 

Enredo: Ori and The Blind Forest é excepcional em praticamente tudo, mas é em seu enredo que o jogo realmente brilha. Sem dar nenhum spoiler, tenho certeza que se você curte uma boa história em seus jogos não vai precisar ver mais do que o prólogo do jogo para se apaixonar pela jornada de Ori. 

A proposta aqui é sentar e relaxar para curtir o conto que está sendo escrito perante seus olhos. Em minha primeira jogada completa levei aproximadamente 11 horas, isso porque realmente fui com calma e sem pressa, procurando cada local escondido (fora que morri um milhão de vezes). Claro, correndo você pode terminar Ori and The Blind Forest em menos de 3 horas (tem um Achievement para isso também), mas eu recomendo ir com calma e curtir o jogo em seus mínimos detalhes e se quiser o Achivement  de 3 horas jogue novamente, vale a pena.


Conclusão: 

Ori and The Blind Forest é muito mais uma experiência do que qualquer outra coisa, é uma bem agradável diga-se de passagem. Um protagonista carismático, uma história repleta de emoção e uma ambientação perfeita fazem do jogo algo ímpar no mercado de games atual. A jogabilidade é desafiadora e requer do jogador máxima precisão e habilidade, sendo até um pouco injusta em alguns pontos específicos do jogo, mas nada que diminua a experiência.

Se você estava bem ansioso e tinha grandes expectativas por Ori and The Blind Forest, pode comemorar pois o jogo vale cada centavo investido em sua Live Gold e já é um clássico instantâneo da biblioteca de jogos do Xbox One


NOTA FINAL


Confira o trailer do jogo abaixo:


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